sábado, 30 de outubro de 2010

Objetos de fibras viram tendência na decoração em casas de praia nesse verão



Com  a chegada da primavera, começa a contagem regressiva e os preparativos para o verão e para as férias. Nesta época a procura por praia cresce e as casas ou apartamentos de veraneios, que estiveram fechados durante o inverno, começam a receber mais visitas. A estação ensolarada pede uma repaginada na decoração. Às vezes, não há necessidade de mudar tudo, apenas alguns detalhes como tecidos, cortinas, tapetes ou alguns objetos. Mas, também é possível trocar alguns móveis. A fibra está sempre em alta nos ambientes praianos, seja dentro ou fora de casa.

De acordo com Claudio Abreu Soares, da empresa Fibra Móveis, a fibra dá um requinte especial e cai muito bem com objetos brancos, de madeira, ferro ou alumínio. Há diversas tonalidades indo do marfim, tons naturais, bege mais escuro ao marrom e o que está muito em alta são as peças pretas. “Para exemplificar a beleza desses objetos, é muito fácil notar, por exemplo, que as espreguiçadeiras, chaises ou cadeiras de piscinas de fibras são muito mais elegantes que as de plástico, alguns modelos de madeira, entre outros”, explica.

Em casas de veraneio, principalmente em áreas externas, expostas as intempéries fibras sintéticas têm sido mais utilizadas por causa da durabilidade. “Atualmente a maioria dessas peças são feitas de fibras artificial. O material natural não é ecologicamente correto, pois exige uma extração, e se degrada com mais facilidade. Já o sintético pode ser usado em diferentes áreas e não danifica com facilidade”, diz Cláudio. Outra vantagem é que para o verão, os objetos de fibras secam rapidamente após aquelas chuvinhas da estação.

O glamour na decoração com fibra também pode estar no design das peças, com estilo moderno, romântico, rústico ou ‘vintage’, que compõe diversos ambientes. “Podem ser sofás, poltronas, cadeiras, mesas, pufs, baús, chaise, banquetas, aparador, cachepôs, entre outros”.

Ainda segundo o profissional, por terem uma aparência natural, a fibra combina muito bem com ambientes como praia, campo ou piscina. “Quando estão nos jardins, por exemplo, compõe o ambiente agradavelmente, pois é leve, tem uma aparência confortável e combina com o verde da natureza, o azul da piscina ou o verde do mar”, garante Cláudio.

Outro diferencial é que os tecidos dos móveis de fibras podem ser escolhidos, de acordo com a decoração do ambiente, sendo lisos em diversas cores, incluindo o branco, ou floridos remetendo ao estilo havaiano e até listrado. Além disso, esses tecidos são impermeáveis, feitos especialmente com objetivo de fácil manutenção. “Quando colocados em áreas externas, suportarem as ações do tempo”, revela.

“As variadas opções de objetos em fibras podem ser encomendados sob medida, dentro dos padrões de diferentes projetos de design de interiores. É possível até fazer adaptações em algumas peças”, finaliza Claudio. 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Apostila - Técnica de Construção Civil e Construção de Edifícios

Um leitor do blog nos presenteou com essa apostila do José Antônio de Milito, e como ela é muito útil, resolvi postá-la para todos nós podermos usufruí-la.

Em uma rápida olhada, deu pra perceber que ela é de excelente qualidade.

Abaixo, deixo o prefácio da apostila do Milito e o link para todos vocês poderem baixá-la.

Sds.



''Estas anotações de aulas, compiladas em forma de apostila, tem o intuito de facilitar a consulta e o acompanhamento da disciplina de Técnicas das Construções Civis e Construções de Edifícios da Faculdade de Ciências Tecnológicas da P.U.C. Campinas e Faculdade de Engenharia de Sorocaba. 


Não houve pretensão de escrevê-la para ser publicada como livro, mas sim reuniram coletânea, conhecimentos extraídos de livros, catálogos, informativos, pesquisas, palestras, seminários, etc... constantes da bibliografia final. 


Contém um bom número de exemplos e informações gerais úteis para que, ao projetar ou edificar, se esteja atento para não cometer os erros mais graves, que são encontrados em grande quantidade, principalmente nas habitações. 


Espera-se que, de alguma forma, se contribua para acrescentar algo de novo aos não iniciados e se mostre a importância do assunto, para que nos futuros projetos, seja dedicado algum tempo, com cuidados necessários às técnicas das edificações, contribuindo para tornar melhor e mais amena a vida, o que constitui o principal objetivo da ciência."


JOSÉ ANTONIO DE MILITO


Link da apostila: http://www.4shared.com/document/uo6_PguK/TCNICAS_DE_CONSTRUAO_CIVIL_E_C.html

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Conheça melhor a legislação de uma construção civil sustentável

A construção civil sustentável está ficando cada vez mais presente no Brasil e diversas empresas de arquitetura e empresas de engenharia já estão entrando nessa nova tendência do mercado. Há uma intensa mobilização para alcançar o desenvolvimento sustentável em todos os setores econômicos do Brasil. É muito bom para as empresas aliar progresso econômico com ações sociais e conservação ambiental e isso tem sido meta de muitas empresas de engenharia no ramo da construção civil.


Entenda o que é o desenvolvimento sustentável


O desenvolvimento sustentável é definido como aquele que atende às necessidades do agora sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades. O desenvolvimento sustentável se for bem implantado, com diversas mudanças de práticas e modelos, irá fazer toda a diferença na reputação de uma empresa, tornando a cadeia produtiva mais eficiente, reduzindo os riscos de uma operação, facilitando os financiamentos e também atraindo diversos talentos, além de valorizar a marca da empresa e as ações no mercado.


Entenda a legislação


Para qualquer implantação de uma construção pesada ou até leve de uma construção civil, a legislação prevê instrumentos legais (licenciamento ambiental e estudos ambientais), econômicos (incentivos fiscais e caução ambiental) e técnicos (desenvolvimento de novas tecnologias, parâmetros ambientais, pesquisa e descobrimento de novas jazidas) que juntos criam um círculo excelente em que todos saem ganhando. Em se tratando sobre legislação, o licenciamento ambiental, além de conceder a autorização para a localização de uma construção civil, também concede a instalação, a ampliação e a operação de construções pesadas e atividades de potencialidade poluidora ou de degradação do meio ambiente e isso é uma ferramenta de muita importância, pois permite ao empreendedor identificar os efeitos ambientais do seu negócio e também de que forma esses efeitos podem ser gerenciados.


Sustentabilidade é, definitivamente, a preocupação do momento. E qualquer empresa de arquitetura e engenharia da construção civil para se manterem vivas devem se preocupar com a sustentabilidade de uma maneira muito especial, pois todos saem ganhando com isso.


Fonte: http://www.artigonal.com

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sinalização de Segurança - Construção Civil


• O canteiro de obras deverá ser sinalizado com o objetivo de:

  1. Identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras; 
  2. Indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;
  3. Manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;
  4. Advertir sobre perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas ou equipamentos;
  5. Advertir quanto ao risco de queda;
  6. Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para atividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho;
  7. Alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste;
  8. Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;
  9. Advertir contra o risco de passagem de trabalhadores onde o pé direito for inferior a 1,80 m;
  10. Identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas.
É obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando o acesso ao canteiro de obras e frentes de serviços ou em movimentação e transporte vertical de materiais. A sinalização de segurança em vias públicas deve ser dirigida para alertar os motoristas, pedestres e em conformidade com as determinações do órgão competente.


Fonte: http://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2010/10/sinalizacao-de-seguranca-construcao.html

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dicas para solteiros: espaços integrados são uma boa solução para quem mora sozinho

Dia 15 de agosto foi comemorado o Dia do Solteiro que, em geral, são pessoas com rotina e características próprias, além de preferências e estilos marcantes. 


Pensando nesse perfil de cliente, a arquiteta Andréa Parreira elencou algumas dicas que podem auxiliá-los na hora de construir, reformar ou decorar o seu espaço. 


São elas: 


1 – Em geral, a sala do solteiro é grande e bem espaçosa. É o local onde ele, provavelmente, passará a maior parte do tempo quando estiver em casa. 


2 – O quarto, em geral, é integrado ao banheiro. A comodidade e a conveniência de ter os dois espaços íntimos unidos cai bem para quem mora sozinho. 


3 – Outro ambiente que pode ser integrado é a cozinha, seguindo o estilo americano. Acaba sendo uma opção interessante para aqueles que costumam receber amigos.


4 – Já a área de lazer, no caso de residência, ou lavanderia, no caso de apartamento, a sugestão é mantê-la na proporção normal, que atenda às funções primordiais. 


5 – No que se refere à decoração, a sugestão é optar por um estilo mais clean para tornar a limpeza e manutenção mais fáceis. 


6 - Quanto aos móveis, a dica é saber dimensioná-los conforme o uso. Por exemplo: deixar o armário da despensa proporcional ao volume de compras e quantidade de vezes que o solteiro vai ao supermercado. 


7 – Em relação à iluminação, planejar bem o projeto de luminotécnica. Com uma pessoa só na casa, acaba sendo desnecessário acender várias lâmpadas ao mesmo tempo.


Fonte: http://www.construcaoecia.com.br/conteudo.asp?ed=78&cont=949

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Engenheiro inventa umidificador feito de sucata para ambientes pequenos

Não é só o Distrito Federal que sofre com o tempo seco. O problema se estende aos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. Nesses tempos de recordes de baixa umidade do ar — em agosto, chegou a 7% em cidades do interior paulista —, os umidificadores são cada vez mais usados para aliviar o sufoco da secura. 


Enquanto muita gente corre para as farmácias e lojas de eletrodoméstico para comprar o aparelho, o engenheiro eletricista de Santa Rita do Sapucaí (MG) Cláudio Lasso preferiu inovar — e economizar: criou um umidificador feito de sucata e que não necessita de energia elétrica. “Um produto baseado na demanda social e ambiental”, define.




Diferentemente dos estudos científicos, que demoram anos para serem concluídos, os inventos surgem da necessidade de resolver rapidamente algum problema. No caso de Lasso, era o sofrimento da sobrinha de 9 meses, que estava sofrendo com o tempo seco. 


Em casa, ele colocou em prática princípios da engenharia aliados à preocupação com o meio ambiente — além de não gastar energia elétrica, o equipamento é feito apenas de objetos que costumam ir para o lixo. “Optei por materiais que todos temos em casa, para que qualquer pessoa possa fazer seu umidificador em poucos minutos”, diz o inventor.


O material utilizado é composto por uma garrafa, um pote de sorvete, um CD velho e um pano absorvente, do tipo Perfex. A forma de utilização do pano, segundo Lasso, é o grande diferencial do seu invento, garantindo mais eficiência. 


Apenas a ponta dele é colocada na água, fazendo com que ela demore mais para evaporar. “Uma toalha molhada na cabeceira da cama leva cerca de 20 minutos para secar. Já o umidificador de ar absorve 1cm de água por dia, dependendo da umidade relativa do ar e do tamanho da vasilha”, compara o inventor.

O professor do departamento de Engenharia da Construção Civil da Escola Politécnica da USP Vanderley Moacyr John explica que qualquer tecido de algodão (quanto mais grosseiro melhor) pendurado com a ponta de baixo colocada dentro d’água obtém o mesmo resultado. “A água sobe pelo tecido por capilaridade, o que aumenta a área de contato com o ar, aumentando a quantidade de água evaporada”, explica. “Eu mesmo já improvisei, em um hotel de Brasília, uma toalha pendurada com a parte de baixo encostando na água da pia”, conta.

Boa solução
A invenção de Lasso é elogiada por outros especialistas. “A fabricação é muito simples e barata, colaborando, inclusive, para a redução de descarte de material usado”, opina Mauro Severino, professor de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB). 



Saulo Rodrigues, coordenador de pós-graduação em desenvolvimento sustentável da UnB, acha a ideia muito interessante, principalmente porque elimina o uso da energia elétrica. “Precisamos de soluções como essa para reduzir os problemas ecológicos. Principalmente porque cerca de 70% desses problemas é de responsabilidade do consumo de energia de combustíveis fósseis, que ainda passa pela energia elétrica”, avalia Rodrigues.

Para melhorar sua eficiência, o engenheiro mineiro sugere que o umidificador caseiro seja colocado em frente a um ventilador, que servirá para espalhar a umidade. 



Além disso, o inventor explica que, por ser pequeno — cerca de 30cm de altura e 15cm de comprimento —, o umidificador não ocupa muito espaço, como bacias de água. “Eu mesmo uso na mesa em que trabalho”, exemplifica Lasso. Com isso, ele pode ser utilizado em diversos cômodos, e a pessoa pode construir vários para distribuí-los pela casa.


Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/14/cienciaesaude,i=212781/ENGENHEIRO+INVENTA+UMIDIFICADOR+FEITO+DE+SUCATA+PARA+AMBIENTES+PEQUENOS.shtml

domingo, 24 de outubro de 2010

Tudo se ilumina - Dicas para projeto luminotécnico

Um bom projeto luminotécnico valoriza a arquitetura, traz bem-estar, melhora o uso dos ambientes - e ainda reduz o consumo de energia.

Um leve toque no painel de controle basta para dar às salas um clima de festa. Outro as transforma num ambiente aconchegante, perfeito para um jantar entre amigos. "Crio meus cenários de acordo com a ocasião ou com meu humor", diz o dono desta casa no Morumbi, que decidiu, ao reformar a propriedade, incluir um projeto de automação de iluminação.


Ele conta que, além de bem-estar, queria valorizar a arquitetura do imóvel, que ocupa boa parte do terreno de 1.200 m². Antes colonial, a morada ganhou linhas contemporâneas, com espaços abertos e muita transparência. "Aqui, a iluminação natural já é esplêndida e o projeto luminotécnico acrescentou beleza à construção", diz o proprietário, que reservou um grande espaço no piso inferior para uma sala de ioga e meditação.


Nela, o sistema de automação, implantado pela Eletromidia LED Lighting, apresenta sua face mais sofisticada. Um painel de alvenaria com LEDs coloridos embutidos permite que a luz altere por completo os tons da sala - e que o alongamento ou a meditação sejam acompanhados por sessões de cromoterapia. Por meio de um dispositivo fabricado pela empresa americana Lutron, é possível regular as cores, sua intensidade e até o tempo de projeção para cada uma.


No living, as grandes janelas multiplicam a possibilidade de criação de cenários. Durante o dia, eles são ditados pela incidência de luz natural e, à noite, por um jogo de reflexos. A separação entre a sala e a cozinha é feita por um quadrado de vidro leitoso, com luzes inseridas em rasgos no piso e no teto. Similar a uma enorme luminária, o anteparo é outro elemento importante no projeto de iluminação detalhado.



Logo na entrada da casa, depois do degrau de mármore, balizadores indicam o caminho ao visitante.



O painel de vidro com luzes embutidas é mais um item do projeto de iluminação e compõe a cenografia com a luminária de acrílico do estúdio Nada se Leva.



À noite, mesmo com os pontos no teto e no piso acesos, o clima é suave.



A sala da casa no Morumbi, em dois tempos do controle luz. Os pontos iluminados no jardim emolduram o espaço.



As cores dos móveis, os pilares revestidos de madeira e o piso ganham destaque com a iluminação noturna.





Mesmo ambiente, dois cenários
Uma das composições pré-programadas aciona apenas os balizadores, que indicam o caminho, e a iluminação do pequeno lago interno. Em contraste, a opção criada especialmente para a noite confere destaque ainda maior ao vidro leitoso que fecha a cozinha, ao acender as luzes embutidas no teto.



Ao lado da coluna revestida de madeira, o móvel embute o bar.





Perspectiva e contraste, em preto e branco
A parede de vidro negro, que sustenta o aparador, cria perspectiva no fundo da sala. Ela contrasta, de um lado, com o bloco de vidro leitoso que separa a sala da cozinha e, do outro, com a transparência da porta de correr, de onde se avista o bairro do Morumbi. Sobre a mesa de jantar, a luminária retangular, também preta, obedece ao controle da luz de acordo com a ocasião.


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,tudo-se-ilumina,628047,0.htm

sábado, 23 de outubro de 2010

Agora você pode morar de uma forma ecologicamente correta

A sustentabilidade nn é um tema que cada vez mais faz parte do setor produtivo e da vida das pessoas. O aumento da população mundial, a necessidade de produzir mais alimentos, a escassez dos recursos naturais, a degradação do meio ambiente, tudo isso reflete direta ou indiretamente na vida das pessoas. 

E não há como não se envolver ou ficar completamente omisso. Seja por engajamento, seja pela necessidade de reduzir despesas para fazer o dinheiro esticar no final do mês, seja pela decisão de repensar os valores e atitudes. O certo é que cada vez mais as pessoas estão buscando, de alguma maneira, uma forma mais socialmente responsável de agir.

Como qualquer atividade humana gera impacto, cada um tem que procurar uma maneira de, cada vez mais, ampliar a sustentabilidade de seus atos, seja no trabalho, seja em casa, seja na escola, seja na vida em sociedade. É só estar atento ao que cada um faz para mudar os hábitos e ampliar, a cada dia, o seu grau de sustentabilidade.

Quer um exemplo? Pode ser em casa, logo pela manhã, na escovação dos dentes, evitando deixar a torneira aberta sem necessidade, ou reduzindo o tempo do banho. Ou deixando apagando as lâmpadas quando não se está no local, ou desligando os equipamentos que não estão em uso.

Na construção, ou na reforma da casa, o local onde as pessoas passam grande parte de suas vidas, são muitas as oportunidades para a adoção de medidas que podem ser chamadas de amigas do meio ambiente. Uma das dicas da arquiteta Rita Rocio Tristão é utilizar somente madeira certificada. "Não é difícil encontrar madeira certificada e o preço é adequado", explica.

Para uma construção sustentável, o projeto é fundamental, salienta. Um projeto sustentável deve ter ventilação adequada, aproveitamento da iluminação natural, conforto térmico, tintas à base de água, louças e metais que contribuam para menor gasto de água, beirais amplos que reduzem a insolação, dentre outros.

Na construção de uma residência, por exemplo, o profissional deve observar a posição do sol, a direção dos ventos. Dados como esses, que podem parecer sem importância, fazem a diferença na sustentabilidade do projeto. "A base de uma boa construção é um bom projeto", destaca a arquiteta.

Sustentabilidade, aliás, é o tema central da edição deste ano da Casa Cor. No local, todos os ambientes foram criados com base na sustentabilidade. Em várias criações destacam-se as madeiras certificadas e as reutilizadas. Em um dos ambientes externos chama a atenção o telhado de grama, que reduz em até 6º a temperatura.

É um conceito relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas.

Atitudes sustentáveis

Racionalize a água
Tome banhos mais rápidos: 15 minutos consomem 243 litros de água;


Feche a torneira: 5 minutos correspondem a 80 litros de água;
O vaso sanitário é o maior vilão, representando cerca de 50% do consumo de água de uma residência. São 10 a 14 litros em apenas 6 segundos de acionamento.

Cuide do lixo
Separe o lixo orgânico do restante. O lixo orgânico pode gerar adubo ou produzir energia e o resto poderá ser reciclado, reduzindo a necessidade de utilização de recursos naturais.

Produza adubo
Pegue duas caixas de 0,50 x 0,80 (do tamanho de uma caixa de carnes);
Em uma das caixas coloque terra, que será utilizada para cobrir os alimentos e evitar mau-cheiro;

A outra caixa, separe ao meio com uma divisória de maneira tal que possibilite a passagem de minhocas de um lado para o outro;

Arranje algumas minhocas e coloque-as em um dos lados da caixa com um pouco de terra;

Coloque o lixo orgânico da sua cozinha (cascas de fruta e restos de comida) no lado da caixa onde estão as minhocas e cubra com uma fina camada de terra;

Repita até que o lado da caixa esteja cheia. Então faça o mesmo com o outro lado;
Quando o segundo lado da caixa estiver cheio, o primeiro já conterá humus, que servirá para adubar suas plantas;

Se você mora em apartamento, faça um acordo com o síndico para que ele libere um pequeno espaço no terreno para isso. Talvez você estimule os seus vizinhos a fazerem o mesmo, e terão adubo para o condomínio.

Racionalize energia
Troque as lâmpadas incandescentes por fluorescentes. São um pouco mais caras, mas têm durabilidade maior e consomem 60% menos energia;

Desligue a luz dos cômodos e dos aparelhos que não estão sendo usados;

Desligue os elevadores e as luzes comuns do condomínio que não estiverem sendo usadas;

Ao comprar um eletrodoméstico, procure aqueles que têm o selo do Procel que certifica o baixo consumo de energia;

Reutilize
Opte por produtos duráveis. Por mais que sejam práticos, os produtos descartáveis são danosos ao meio ambiente e geram um lixo desnecessário. Ao adquirir material de escritório, por exemplo, escolha os que permitem recargas: cartuchos de impressão, pilhas e baterias recarregáveis.

Resista
Abra mão de sacos, papéis, caixas e envelopes como forma de transportar compras. Esse "lixo do futuro" polui o lençol freático, entope bueiros e exige muita matéria-prima para a fabricação. Adote as ecobags, mas resista àquelas não produzidas com material reciclável.

Seja natural
Os produtos orgânicos devem ser privilegiados na compra porque o modelo tradicional de agricultura de larga escala é insustentável para o meio ambiente, consumidores e produtores. Vários estudos têm mostrado que os agricultores orgânicos que seguem um enfoque agroecológico conseguem resultados satisfatórios em vários aspectos ligados à sustentabilidade.

Novidades do primeiro prédio sustentável
O Esmeralda Residence é o primeiro prédio sustentável do Estado.As ações começaram desde a demolição da casa, com a triagem dos resíduos e a destinação do entulho. Na execução da obra está prevista a coleta seletiva dos resíduos gerados e o controle do seu destino final. A madeira, os granitos e cerâmicas serão adquiridos de fornecedores licenciados. 



Na construção será utilizada a água captada das chuvas. As águas do chuveiro e lavatório serão reutilizadas em descargas dos vasos sanitários da obra. A energia solar, totalmente limpa, será adotada para os sistema de aquecimento. A água dos lavatórios, pias, chuveiros e máquinas de lavar roupas serão coletadas separadamente e conduzidas para uma estação de tratamento e depois reutilizadas nas descargas sanitárias. O reuso da água vai gerar economia média de 30%.

Casa pioneira em novo loteamento de Manguinhos
No dia 14 do próximo mês, será inaugurado, no loteamento Arquipélago, em Manguinhos, Serra, o protótipo de uma casa de 230 metros quadrados, projetada e construída nos conceitos da sustentabilidade. A casa, segundo o arquiteto Augusto Alvarenga, é construída em aço com painéis.

Os cuidados são tomados desde a concepção do projeto, que busca o aproveitamento dos recursos naturais como ventilação, iluminação e outros. No isolamento térmico que contribui para a redução do uso de ar-condicionado, são utilizadas garrafas pet recicladas.

São observados ainda os cuidados na redução do consumo de energia, de água com reaproveitamento das águas de chuva e águas químicas. No paisagismo, os jardins são projetados com plantas que necessitam de menos água.

A Ecasa, empresa que desenvolve o projeto da casa sustentável, tem projetos com cinco modelos básicos de residência. A pessoa que vai construir pode fazer adaptações dos modelos disponíveis conforme o terreno onde ela será construída, informa o arquiteto. 


As casas podem ser construídas em qualquer região do Estado. Por isto é importante plenejar e fazer as adaptações de acordo com a região e os recursos naturais disponíveis.

Serviço
Esmeralda Residence é um empreendimento da Mazzini e Delta.
Informações: os detalhes a respeito da sustentabilidade do projeto podem ser acompanhadas no endereço www.esmeraldaresidence.com.br

E casa
Mais detalhes: no endereço www.ecasabrasil.com

É um conceito relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas.



Fonte: gazetaonline.globo.com

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A evolução do banheiro

Itens, como jardim e televisão, tornam o ambiente propício ao bem-estar.

DESCANSO – Sala de estar: momento de descontração
                                                                                                                                                                
Você já imaginou um banheiro com jardim, televisão, armário removível, sala de estar e até frigobar? Como a maioria das pessoas, é provável que não. Mas estes itens conquistam cada vez mais espaço nos chamados banheiros modernos, feitos para quem quer o bem-estar na vida em todos os momentos possíveis.

A decoração dos banheiros deixa de seguir modismos e gêneros, como o clássico e o minimalista, para se preocupar com os gostos, modo de vida e desejos de quem o utiliza. Para a arquiteta do showroom da Deca, Fátima Barnabé, o grande objetivo, tanto de empresas, arquitetos como do cliente é a busca do bem-estar. “Faz tempo que deixou de ser um espaço de transição e passou a ser de relaxamento e descanso.

Cada banheiro tem que ter a cara do dono”, afirma. Para o arquiteto Carlos Lupatini, este ambiente ganhou status e hoje é o local mais importante da casa. “A vida está muito corrida e por causa disso o banheiro tornou-se muito importante. Nele a pessoa pode ter privacidade, relaxar e se cuidar um pouco. Além disso, a tecnologia e os modernos equipamentos o transformaram em um local para ficar e relaxar, sendo, por isso, comum a utilização de televisão e jardim”, diz.

A evolução deste ambiente também aconteceu porque as pessoas passaram a se arrumar nele. “Antes era comum tomar banho e ir se arrumar Para ter o máximo de proveito do espaço, no entanto, é preciso que o cliente converse muito com o arquiteto sobre os seus gostos e modo de vida, o que ajudará na definição dos elementos necessários a um banheiro moderno.
 
Ambiente com várias soluções
As novidades para o banheiro são inúmeras. Frigobar, televisão, chuveiro de teto, armário removível, box com deck são algumas delas. Para o arquiteto Carlos Lupatini, a decoração tem que respeitar as vontades do cliente e resolver os problemas.

“As mulheres estavam tendo muita dificuldade para se maquiar, por isso, voltou para a decoração dos banheiros a penteadeira na qual a mulher pode sentar na frente do espelho confortavelmente. Uma outra solução encontrada foi o aquecimento de piso para a pessoa não sair do banho e pisar em local gelado”, diz.

No entanto, em qualquer decoração a iluminação e a escolha da cor do ambiente é muito importante. A cor branca deixou de ser única e agora divide espaço com outras mais alegres, como o vermelho e o verde. A iluminação deve ser escolhida de acordo com o que se deseja. “Para o relaxamento, por exemplo, existem algumas lâmpadas que reproduzem a luz do luar”, diz Lupatini.                                             

Fonte: http://www.construcaoecia.com.br/conteudo.asp?ed=21&cont=84

Pedras naturais ganham destaque nos projetos de arquitetura

Pedras para criar um jardim seco de inverno dentro de uma adega residencial

Na decoração, seja de ambientes internos ou áreas externas, as pedras no caminho são bem-vindas. Nos projetos de arquitetura, as pequenas rochas ganham destaque traçando trajetos, delimitando espaços ou somente dando bossa à residência.

Na adega de um apartamento projetado pelas arquitetas Isve Campos e Mariana Vaz, as pedras de rio ganham lugar no piso e num grande vaso de vidro. O objetivo da dupla é simular um jardim seco. Outros tipos de pedras podem ser usados, como a São Tomé ou a Fougê, sugere a dupla.

“Ao criar a adega, usamos uma porta de blindex para separá-la da sala. Como os pisos dos dois ambientes eram diferentes, um amadeirado e outro de cerâmica, optamos pelo uso de pedras para atenuar a diferença entre eles”, explica Mariana.

Pedras de rio filtram a água que transborda da piscina

Já em outro projeto das arquitetas, desta vez para uma área externa, as pedras são colocadas numa calha para ajudar a filtrar a água que transborda da piscina. No caso de áreas molhadas, lembram elas, é importante que haja o cuidado quanto à escolha da pedra, que não deve ser porosa. Neste caso, as pedras de rio são a melhor opção, pois não produzem limo.

A arquiteta Andréa Chicharo juntou pedaços de mármore travertino para criar um caminho entre a sala e a área externa da casa. São como degraus soltos na grama, explica ela. Para Andréa, as pedras são uma ótima escolha para adorno e limite de jardim.

“As pedras podem ser usadas em muitas ocasiões. Podem preencher o espaço vazio debaixo da pia do lavabo. Ou então delimitar a área de um jardim, um canteiro.”

Pedrinhas são reunidas no jardim de uma residência para ligar a área externa a interna

Cada caso, uma pedra - No mercado, há uma enorme quantidade de tipos e tamanhos de pedra, com diversas cores e tonalidades. Mas, no processo de escolha, é fundamental obedecer a um critério além do decorativo. Algumas pedras absorvem muito calor e, portanto, não devem ser colocadas em áreas de piso expostas aos sol. Outras são muito porosas, não sendo recomendada a utilização em áreas molhadas por produzirem limo.

No ambiente interno, é possível utilizar gravilhas, pedras roladas ou pedras pintadas. É preciso, no entanto estar atento à sua conservação. A paisagista Ana Luiza Rothier recomenda o uso de impermeabilizantes.

Já nos ambientes externos ou os que sofrem ação da umidade, como o banheiro, as pedras porosas não são aconselhadas. Neste caso, entre as mais indicadas estão a pedra de São Tomé, a pedra de rio e o mármore travertino. Na opinião da paisagista, a pedra de São Tomé é ótima opção para as áreas de piscina, por não acumularem calor e serem antiderrapantes devido à sua porosidade.

Em gramados, a aspereza do granito bruto evita o risco de escorregamento durante o percurso. Com sua textura natural, o granito é adaptável a qualquer tipo de ambiente e, como destaca Ana Luiza, tem custo baixo, tirando uma pedra do caminho do orçamento da decoração.

Fonte: http://www.zap.com.br/revista/imoveis/decoracao-e-jardinagem/pedras-naturais-ganham-destaque-nos-projetos-de-arquitetura-20100908/

O valor de um Projeto Arquitetônico



Sempre nos deparamos com clientes ou futuros clientes preocupados com o valor a ser desembolsado em um projeto arquitetônico ou em um projeto de interiores. Essa preocupação começa por que, nem sempre, o cliente conhece realmente as atribuições dos arquitetos. Esse fim de semana nos fizeram uma pergunta na qual a resposta parece um pouco óbvia, mas não é.


- O que o arquiteto faz?


Para os leigos as respostas poderiam ser: Os arquitetos "desenham" o que "nós" pensamos ou, "dão" uma idéia para o que fazer com o espaço e por aí vai.


Bom, os arquitetos fazem muito além disso quando estão projetando um espaço. A nossa formação contempla, além das soluções estéticas, também soluções estruturais, ergonômicas, de conforto térmico e acústico, soluções de circulação e fluxo, dimensionamento dos ambientes, além de soluções orçamentárias.


O que aparentemente sai somente da nossa criatividade, na verdade é um processo  no qual devemos conciliar todos as solicitações do cliente, respeitando as normas técnicas, a legislação vigente e  todas  as questões técnico-contrutivas.


Tudo isso será representado através de peças gráficas, que traduzidas se configurarão nos espaços que foram projetados.


Já nos deparamos com histórias de pessoas que preferiram dispensar o trabalho do profissional e fazer a obra por conta própria. Doce ilusão, depois de ter gasto muito mais do que gastaria com a contratação dos profissionais, só resta duas opções: contratar o arquiteto para consertar o que foi feito ou conviver com uma obra malfeita e agüentar a dor de cabeça por um bom tempo. Uma coisa é certa, o que se gasta para fazer o feio e malfeito se gasta para fazer o bonito e correto.


Normalmente o valor desembolsado em um projeto representa de 5% a 10% do valor gasto em sua obra.  Por isso não tenha preconceito na hora de pedir uma proposta para o arquiteto, é bom ter em mente que ele é capaz de lhe trazer soluções e não apenas "desenhar" o que você quer. Para se sentir mais seguro converse com ele e tente entender as etapas e o processo do projeto e saber qual o produto que você receberá ao final de tudo, afinal os arquitetos prestam um serviço.

Fonte: http://www.bandeiramarinho.com/2010/09/o-valor-de-um-projeto-arquitetonico.html

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Destino adequado – pilhas e baterias



Pilhas e baterias são companheiras da tecnologia. Elas garantem o funcionamento de celulares, máquinas digitais, controles remotos, entre muitas outras maravilhas modernas. Sua vida útil, porém, é limitada. Como resultado, cerca de um bilhão de pilhas e baterias são descartadas, a cada ano, no Brasil.


De acordo com a resolução nº 257 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), publicada em 30 de junho de 1999, o descarte de alguns tipos de pilhas em lixos comuns é permitido devido aos baixos teores de mercúrio, cádmio e chumbo, metais presentes em sua composição. “O problema é a quantidade de unidades, que aumentou muito. 


A concentração torna esse material um sério agente poluidor, com capacidade de contaminar lençóis freáticos e, por conseqüência, intoxicar seres humanos”, alerta o professor Wilfrid Keller Schwabe, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


Na UFMG, ele coordena uma linha de pesquisa que estuda o reaproveitamento de materiais com potencial tóxico. Sua equipe já trabalhou com a reciclagem de lâmpadas fluorescentes, tecnologia que foi transferida para uma empresa da capital mineira; com a lama de aciarias (indústrias que lidam com ferro e aço), material originado durante o tratamento da água que, até então, era jogado de volta nos rios, provocando a contaminação dos mesmos; e com a areia fina produzida na exploração do quartzo, rejeito que provoca assoreamento e poluição de cursos d’água.


Os metais presentes nas pilhas descartadas são separados e recuperados na forma de cristais, como na foto abaixo:


metais pilhas


Os cristais de zinco e manganês podem ser reaproveitados, por exemplo, para a produção.


Agora, eles investigam o reaproveitamento das pilhas , que podem ser de zinco-carbono, zinco-manganês ou alcalinas, e de baterias recarregáveis, que podem ser de níquel-cádmio, níquel metal-hidreto ou de íons lítio. No caso das baterias, os dois primeiros tipos correspondem à grande maioria do material descartado atualmente, pois estão sendo substituídos, aos poucos, pelas baterias de íons lítio, mais modernas e eficientes. 


O trabalho, já testado em escala de laboratório, apresentou resultados significativos, com recuperação de até 80% dos materiais. Pelo seu caráter inédito, a metodologia deve gerar uma patente na área.


No caso das baterias, o processo é praticamente o mesmo, com alteração de variáveis como temperatura e composição da solução lixiviante. O níquel recuperado pode ser usado para fabricação de uma nova bateria ou entrar na composição do aço inox, por exemplo, baixando custos para o empresário. Para se ter uma idéia, a tonelada do níquel é vendida, hoje, a 30 mil dólares, valor dez vezes superior ao do alumínio, metal amplamente reciclado no País.


Apesar de aparentemente simples, a metodologia é inédita. No Brasil, existe apenas uma empresa, sediada em São Paulo, que realiza a reciclagem de pilhas. No entanto, o método utilizado é a pirometalurgia (queima em fornos de alta temperatura). Os metais são transformados em gases e, depois, condensados. 


O problema, como aponta Mansur, é que a separação dos componentes é limitada e a recuperação dos materiais não é completa. “Com isso, metais de alto valor agregado acabam sendo utilizados na produção de pigmentos. O destino é melhor que o aterro sanitário, mas é possível aproveitar esses subprodutos de forma mais lucrativa.”


Novidade


Marcelo Mansur, também coordenador do projeto e professor do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da UFMG, explica que o objetivo da pesquisa é recuperar os metais que compõem as pilhas e baterias. O zinco e o manganês, por exemplo, podem ser utilizados para fabricação de fertilizantes, enquanto níquel e cobalto possuem elevado valor agregado. Nesse caso, além de dar uma destinação adequada ao produto, seria possível obter retorno financeiro.


O método consiste em desmantelar a carcaça metálica ou de plástico que envolve as pilhas e baterias e separar seus componentes. Assim, os compostos metálicos presentes no interior dos dispositivos são dissolvidos em uma solução ácida, processo denominado lixiviação. Os compostos são separados em função do tipo de bateria tratada, para que metais como níquel, cobalto, zinco e manganês, obtidos sob a forma de sais purificados, sejam reaproveitados.


No formato de pequenos cristais, os metais recuperados podem entrar na composição de fertilizantes e corretivos de solo. O potencial é grande: os pesquisadores calculam que, com o descarte inadequado de pilhas, sejam perdidas 34 mil toneladas de carcaças metálicas, 7,8 mil toneladas de zinco, 10 mil toneladas de manganês e duas mil toneladas de potássio para cada bilhão de pilhas. Outra vantagem da reciclagem é recuperar o mercúrio e descartá-lo adequadamente, já que não é possível aproveitá-lo.


Mercado


A solução encontrada pelos professores tem atraído a atenção de diversas entidades. O Centro Mineiro de Referência em Resíduos, do Governo de Minas Gerais, e o Centro de Triagem da Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reciclável (Asmare) já procuraram a equipe para conhecer a metodologia. Também o shopping popular Oiapoque, na capital mineira, já entrou em contato para checar a possibilidade de uma parceria no envio de pilhas usadas. A própria Escola de Engenharia da UFMG está tentando viabilizar a instalação de um coletor na entrada do edifício.


Segundo o professor Wilfrid Keller, a equipe aceita doações de bom grado, mas em pequenas quantidades. Pela própria limitação do espaço, não seria possível reciclar uma quantidade muito grande de pilhas e baterias. A intenção dos pesquisadores é testar, agora, a viabilidade da metodologia em escala industrial, já que em laboratório ela é comprovadamente eficaz. Se der certo, será estudada, então, a transferência da tecnologia para uma empresa interessada.


O grande atrativo, além do baixo custo do processo, seria o retorno financeiro, já que é possível cobrar para receber o material e, depois, vender os subprodutos gerados. “Mercado existe, pois, pelo menos a princípio, todos querem agir corretamente”, opina o pesquisador. Vale ressaltar o benefício para a imagem: cada vez mais, os consumidores pressionam (e cobram) por soluções ambientalmente corretas, o que transforma essa postura em um fator determinante para o sucesso do negócio.


Até hoje, a linha de pesquisa já originou trabalhos de iniciação científica e dissertações de mestrado, além de publicações nacionais e internacionais. No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito, especialmente se considerarmos que o número de celulares vendidos cresce a uma média de 30% ao ano e cada indivíduo consome, no Brasil, de cinco a seis pilhas no mesmo período.


Energia pirata




Segundo a resolução 257/99 do Conama, desde janeiro de 2000, pilhas e baterias fabricadas, importadas e comercializadas no Brasil devem ter até 0,025% em peso de mercúrio, até 0,025% em peso de cádmio e até 0,4% em peso de chumbo quando forem do tipo zinco-manganês e alcalina-manganês, comumente usadas em rádios, brinquedos, câmeras, calculadoras e telefones. A mesma resolução determina que, desde janeiro de 2001, os padrões devem ser ainda menores: respectivamente 0,01%, 0,015% e 0,02%.


Um grande problema, porém, são as pilhas irregulares, vendidas clandestinamente no País. De acordo com estimativa da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), cerca de 40% das pilhas vendidas no Brasil são ilegais. Nelas, os teores dos metais são até sete vezes superiores ao permitido pelo Conama. Além disso, as pilhas piratas trazem quantidade inadequada de mercúrio em sua composição, material adicionado para aumentar a durabilidade.


Visualmente, é difícil distinguir uma da outra. Mas, descartada em lixões, o mercúrio em seu interior pode vazar e ser absorvido pela terra, chegando aos lençóis freáticos. Diarréia, insuficiência renal, irritações cutâneas e perda de reflexos são apenas algumas das conseqüências da absorção em excesso deste metal pelo organismo humano.


Por tudo isso, na opinião do professor Marcelo Mansur, a legislação é insuficiente para tratar o assunto. Produtos rotulados de forma indevida e o grande crescimento de unidades descartadas são alguns dos problemas que motivaram um processo de revisão do decreto. Na opinião do pesquisador, a evolução necessária seria criar regras mais rígidas para o descarte. “É preciso insistir na separação do lixo para tratá-lo. Isso só será resolvido quando as pessoas criarem o hábito de juntar e direcionar os produtos a locais de tratamento especializados”, conclui.


Fonte: Revista Minas Faz Ciências

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Forro ecológico criado pelo Senai usa saco vazio de cimento




Um projeto dos formandos do curso técnico em construção civil-edificações da escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) João Martins Coube, de Bauru, promete ser uma alternativa tanto de aproveitamento sustentável dos materiais quanto de impulso econômico para diferentes setores.


A inovação, batizada de “Forreco” (originada de forro ecológico), baseia-se na produção de placas para forro concebidas a partir da transformação do papel dos sacos de cimento vazios.


O material é um dos principais itens de lixo nas construções e é de reciclagem considerada praticamente inviável economicamente.


Além de tirar do meio ambiente grande quantidade de detrito poluidor, cujo tempo de decomposição é alto e resulta em poluição do ar e de lençóis freáticos pela presença de resíduos do cimento em pó, a iniciativa também é de cunho socioeconômico, defendem idealizadores, professores e direção da escola.


“Além do caráter ecológico, também há o foco social”, destaca Ademir Redondo, diretor do Senai de Bauru. “Proporcionaríamos material de custo menor, com a possibilidade da implantação do forro até mesmo nos empreendimentos mais populares”, enaltece o aluno Cosme Cipriano, autor do projeto ao lado dos colegas Eliane Regina Ariosi Campos, Michel Lucas Medeiros e Gildo Bonfim da Silva.


A ideia faz parte do trabalho de conclusão de curso dos estudantes e fez sucesso durante a edição 2010 do programa “Inova Senai”, que premia alunos e professores da escola que apresentarem os melhores projetos de pesquisa aplicada. Exposta até anteontem em São Paulo, a proposta chamou a atenção de construtores e acadêmicos da área, além de ganhar destaque na mídia nacional.


Selecionado entre 132 projetos apresentados por alunos de todo o Estado, o trabalho dos estudantes bauruenses ficou entre os 40 melhores que buscam uma vaga na etapa nacional do concurso.


Do lixo para o teto

Para a elaboração do projeto, os alunos percorreram construções por toda a cidade e observaram a grande quantidade de sacos de papel descartados. Com o alto valor da reciclagem, resultante do custo para separar resíduos de cimento do papel, as embalagens se tornam problema ambiental caso não sejam destinadas para aterros ou bolsões específicos.


A partir do reaproveitamento, enfatiza o professor do curso e arquiteto Luiz Antônio Branco, é agregado valor a um material praticamente desprezado, inclusive por catadores de itens recicláveis.


As placas, assegura o arquiteto, são duráveis e possuem resistência. “Elas são reforçadas por fibras formadas pela própria permanência de resto de cimento junto ao papel. Esse é o contraponto. Não é viável reciclar, mas, ao mesmo tempo, isso deixa o material perfeito para o produto”, explica Branco.


“Além disso o próprio papel é de altíssima resistência”, acentua o professor, salientando, ainda, que os resíduos do cimento deixam as placas de forro resistentes ao fogo. Testes feitos com auxílio de maçarico comprovam essa característica, asseguram aluno e professor. “O fogo não atravessa”, garante Branco. “Claro que muitos outros testes ainda precisam ser feitos. Estamos em fase inicial”, pondera.


Entulho de construção deve ir para bolsão

Em Bauru, o entulho da construção civil legalmente recolhido é remetido para um bolsão controlado. Previsto pela resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que classifica os resíduos de acordo com categorias. O procedimento, além de evitar a poluição, seja do solo, ar ou visual, ainda auxilia no controle de outro problema ambiental, as erosões.


Os chamados resíduos inertes (tijolos, blocos ou cerâmicas), detalha o diretor do Departamento de Ações e Recursos Ambientais da Semma, por não necessitarem de qualquer processo de beneficiamento, quando não há incentivo para reaproveitamento por parte dos próprios construtores, são empregados no combate às fissuras no solo.


“Temos a lei municipal número 4.646, de 2002, que permite a utilização dos resíduos para conter a voçoroca e hoje destinamos para algumas áreas erodidas”, acrescenta o diretor do Departamento de Ações e Recursos Ambientais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), Sidnei Rodrigues.


Todo o material destinado ao bolsão da prefeitura é recolhido por transportadores especializados filiados à Associação dos Transportadores de Resíduos Inertes (Asten), com cerca de 30 filiados. “Eles próprios fiscalizam a qualidade do material que chega. Se for notado resíduo fora das características eles entram em contato conosco, além de também termos fiscal lá”, detalha.


Transportadores e empresas que depositam resíduos fora das especificações, ou seja, de outras categorias, como produtos químicos, são notificados e, em caso de reincidência, multados.


Os rejeitos de outras especificações, detalham o secretário Valcirlei Gonçalves da Silva e o diretor de divisão da Semma, são encaminhados para áreas adequadas em outras cidades, a cargo das próprias construtoras.


Caso a empresa seja flagrada depositando entulho de forma irregular, fica passível de advertência e multas variantes entre R$ 500,00 e R$ 50 mil. Mas um empreendimento da cidade chegou a totalizar mais de R$ 250 mil como punição pela prática. A multa é questionada pela empresa na Justiça. “Provavelmente ela vai perder todos os bens”, confia Rodrigues.


Fonte: http://www.gestaoderesiduos.com.br/residuo-construcao-civil.php?id=734