sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pedras naturais ganham destaque nos projetos de arquitetura

Pedras para criar um jardim seco de inverno dentro de uma adega residencial

Na decoração, seja de ambientes internos ou áreas externas, as pedras no caminho são bem-vindas. Nos projetos de arquitetura, as pequenas rochas ganham destaque traçando trajetos, delimitando espaços ou somente dando bossa à residência.

Na adega de um apartamento projetado pelas arquitetas Isve Campos e Mariana Vaz, as pedras de rio ganham lugar no piso e num grande vaso de vidro. O objetivo da dupla é simular um jardim seco. Outros tipos de pedras podem ser usados, como a São Tomé ou a Fougê, sugere a dupla.

“Ao criar a adega, usamos uma porta de blindex para separá-la da sala. Como os pisos dos dois ambientes eram diferentes, um amadeirado e outro de cerâmica, optamos pelo uso de pedras para atenuar a diferença entre eles”, explica Mariana.

Pedras de rio filtram a água que transborda da piscina

Já em outro projeto das arquitetas, desta vez para uma área externa, as pedras são colocadas numa calha para ajudar a filtrar a água que transborda da piscina. No caso de áreas molhadas, lembram elas, é importante que haja o cuidado quanto à escolha da pedra, que não deve ser porosa. Neste caso, as pedras de rio são a melhor opção, pois não produzem limo.

A arquiteta Andréa Chicharo juntou pedaços de mármore travertino para criar um caminho entre a sala e a área externa da casa. São como degraus soltos na grama, explica ela. Para Andréa, as pedras são uma ótima escolha para adorno e limite de jardim.

“As pedras podem ser usadas em muitas ocasiões. Podem preencher o espaço vazio debaixo da pia do lavabo. Ou então delimitar a área de um jardim, um canteiro.”

Pedrinhas são reunidas no jardim de uma residência para ligar a área externa a interna

Cada caso, uma pedra - No mercado, há uma enorme quantidade de tipos e tamanhos de pedra, com diversas cores e tonalidades. Mas, no processo de escolha, é fundamental obedecer a um critério além do decorativo. Algumas pedras absorvem muito calor e, portanto, não devem ser colocadas em áreas de piso expostas aos sol. Outras são muito porosas, não sendo recomendada a utilização em áreas molhadas por produzirem limo.

No ambiente interno, é possível utilizar gravilhas, pedras roladas ou pedras pintadas. É preciso, no entanto estar atento à sua conservação. A paisagista Ana Luiza Rothier recomenda o uso de impermeabilizantes.

Já nos ambientes externos ou os que sofrem ação da umidade, como o banheiro, as pedras porosas não são aconselhadas. Neste caso, entre as mais indicadas estão a pedra de São Tomé, a pedra de rio e o mármore travertino. Na opinião da paisagista, a pedra de São Tomé é ótima opção para as áreas de piscina, por não acumularem calor e serem antiderrapantes devido à sua porosidade.

Em gramados, a aspereza do granito bruto evita o risco de escorregamento durante o percurso. Com sua textura natural, o granito é adaptável a qualquer tipo de ambiente e, como destaca Ana Luiza, tem custo baixo, tirando uma pedra do caminho do orçamento da decoração.

Fonte: http://www.zap.com.br/revista/imoveis/decoracao-e-jardinagem/pedras-naturais-ganham-destaque-nos-projetos-de-arquitetura-20100908/

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